Mesmo com aulas paralisadas devido ao coronavírus, a Secretaria de Educação reuniu na manhã de hoje (8) diretores e coordenadores de escolas públicas e particulares para criação de protocolos para serem adotados no retorno às aulas. As novas rotinas envolverão toda a comunidade escolar.
Segundo o prefeito Noboru Tomiyoshi o planejamento de retorno às aulas deve ser realizado com os profissionais locais juntamente com o Comitê de Prevenção e Combate ao coronavírus, porque não tem como comparar Colíder com outras cidades, cada uma tem sua realidade e toma medidas de acordo com isso. “Queremos montar um protocolo com todas as escolas, compartilhar responsabilidades, não colocar as crianças em risco de forma a levarem a doença para suas casas”, enfatiza.
Para o secretário de Educação, Márcio Fernandes, não dá para esperar a autorização de retorno para somente depois definir os critérios a serem adotados. Isso já está sendo feito e quando for autorizado tudo estará organizado. “Estamos finalizando esse documento com protocolos que obedecerão desde aos critérios de procedimentos dos alunos, das famílias, dos profissionais que vão trabalhar dentro da escola e dos professores”, explica.
Marcio observa que outro assunto abordado na reunião foi uma possibilidade de retorno com a construção de um cronograma, mas, está vinculado a como irá evoluir a doença no estado nos próximos dias. “A gente está bem tranquilo e consciente de que o retorno só será realizado quando nos sentirmos confiantes e pudermos dar segurança para todos”, afirma o secretário.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público – Sintep e vereadora, Edina Martins de Oliveira, fala da importância do planejamento estratégico que está sendo desenvolvido e observa que o prefeito e secretários de Saúde e de Educação colocaram muito bem em suas falas as preocupações com relação a este momento. “Não teve nenhuma pressão para se voltar as aulas, e sim construir como será a infraestrutura e cuidados adotados”.
Edna finaliza dizendo que sua avaliação com relação a reunião é positiva, visto que, apesar da preocupação de retorno das aulas, está se construindo um cenário de segurança em saúde.
Leonildo Fernandes, diretor do Colégio Visão, diz que o planejamento está sendo elaborado com toda a sociedade organizada para se retomar as atividades da melhor maneira.
"A gente já vem debatendo, preparando as escolas para esse retorno. Não basta dizer vamos voltar, de que maneira vamos voltar? Como vamos receber toda a comunidade escolar, os pais, as famílias?". Pontua o professor Adriano Camilo de Oliveira da Escola Municipal Fabio Ribeiro da Cruz.
Confira os critérios que serão adotados no retorno das aulas
Capacitar os profissionais da educação para identificação dos sintomas de síndrome gripal;
Adotar medidas de higiene e biossegurança, tais como:
Realizar reiterada da higienização das unidades escolares, antes e após a realização das atividades educacionais;
Ofertar permanente produtos para higienização das mãos, como água e sabão líquido e/ou álcool em gel;
Usar obrigatoriamente máscaras pelos estudantes e profissionais da educação que laboram nas unidades escolares;
Observar, na realização das atividades educacionais, o distanciamento mínimo de 1,5m (um metro e meio) entre os estudantes/acadêmicos;
Evitar a realização de atividades educacionais em que ocorra qualquer forma de contato físico;
Diminuir o uso do ar condicionado para climatização dos ambientes fechados, especialmente em locais com circulação de quantidade significativa de pessoas, devendo-se manter, no mínimo, 01 (uma) porta ou 01 (uma) janela aberta, visando a circulação do ar no local;
Controlar o fluxo de entrada e saída de pessoas, e na hipótese de formação de filas, deve ser respeitado o distanciamento mínimo de 1,5 m (um metro e meio);
Fixar cartazes informativos e educativos referentes às medidas de prevenção da disseminação da Covid-19 em lugar facilmente visível a toda comunidade escolar;
Dispensar de forma obrigatória ao comparecimento presencial nas unidades de ensino, os profissionais pertencentes ao grupo de risco, bem como de estudantes nas mesmas condições;
Reavaliar e monitorar permanentemente os indicadores de vigilância e assistência em âmbito municipal, relacionados a Covid-19.